Em pleno ano de 2023, ano da tecnologia… falar sobre desejo sexual ainda é um tabu para muitas pessoas, mas felizmente isso vem sendo superado pouco a pouco, mas quando se trata da ausência desse desejo, tanto falar sobre o assunto, quanto buscar ajuda profissional competente, ainda há uma grande lacuna.
Para os homens a medicina já avançou muito e já se tem tratamentos que podem ajudar a recuperar o libido, mas para as mulheres ainda há um longo caminho de pesquisas pela frente, mas a boa notícia é que elas são promissoras, como é o caso dessa pequeno, mas significativo estudo com uma proteína chamada kisspeptina.
Vamos entender um pouco mais sobre esse estudo?
O desejo sexual é uma parte importante da sexualidade humana e a falta dele pode causar sofrimento significativo e dificuldades nos relacionamentos. Essa falta de desejo sexual é conhecida como transtorno do desejo sexual hipoativo (DSH) e afeta 10% das mulheres. Apesar de sua prevalência, as opções de tratamento disponíveis são limitadas e os medicamentos disponíveis apresentam efeitos colaterais, como tontura e náusea, e não são muito eficazes.
Os pesquisadores estão procurando maneiras novas e seguras de tratar a falta de libido, mas as causas do distúrbio não são totalmente compreendidas. Acredita-se que o DSH seja o resultado de uma combinação de processos neuroendócrinos, psicológicos e comportamentais. O uso da ressonância magnética funcional (fMRI) ajudou os pesquisadores a entender mais sobre a função sexual feminina e identificou certas regiões do cérebro que são super ou pouco ativas durante a estimulação sexual em mulheres com falta de libido.
Um possível novo alvo de tratamento é o hormônio kisspeptina, que é importante na ativação do sistema hormonal reprodutivo e desempenha um papel no comportamento sexual e emocional. Estudos pré-clínicos em roedores mostraram que a kisspeptina afeta as vias cerebrais que controlam os comportamentos reprodutivos em homens e mulheres, e estudos em homens mostraram que a kisspeptina aumenta a atividade cerebral em resposta a estímulos sexuais.
Para testar a hipótese de que a kisspeptina poderia ser usada para tratar a falta de libido, um ensaio clínico foi realizado em 32 mulheres na pré-menopausa com DSH. O estudo usou testes psicométricos, fMRI e avaliações hormonais para ver se a administração de kisspeptina melhoraria o processamento cerebral sexual e de atração nessas mulheres. O estudo foi um estudo duplo-cego, controlado por placebo, cruzado de 2 vias, onde cada participante atuou como seu próprio controle. Os participantes receberam kisspeptina ou placebo por via intravenosa, e os efeitos foram medidos usando fMRI, testes psicométricos e níveis hormonais.
Os resultados do estudo mostraram que a administração de kisspeptina realmente melhorou o processamento cerebral sexual e de atração em mulheres com falta de libido, conforme medido por mudanças na atividade dependente do nível de oxigênio no sangue relacionada à tarefa durante exames de fMRI. O estudo também encontrou correlações entre mudanças na atividade cerebral e medidas psicométricas e comportamentais de desejo e excitação sexual, bem como mudanças nos níveis hormonais.
Em conclusão, este estudo fornece evidências de que a kisspeptina pode ser um tratamento novo, seguro e eficaz para a falta de libido. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os efeitos da administração de kisspeptina em mulheres com falta de libido, mas esses resultados são promissores e oferecem esperança para aqueles que sofrem desse distúrbio.
Infelizmente para as mulheres não há solução imediata, mas os homens podem contar com a ajuda da ABX Saúde, uma clínica voltada exclusivamente para a saúde sexual masculina, se for esse o seu caso, não hesite em agendar uma consulta para uma avaliação e tratamento efetivo para essa falta de desejo, e volte a apimentar seu relacionamento.
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